Luís Francisco de Oliveira Santos, gestor profissional aborda sobre o " ESG do Dia a Dia, como adiministrar um condomínio em uma Grande Cidade Litoranêa, a dicotomia entre crescer ou preservar seus recusros naturais, os ciclos de altos e baixos da Cidade de Santos, crescer com equilibrio é a palavra Chave, Progresso com sustentabilidade, e tudo começa em casa, com respeito e educação. Quando Xuxa, Pelé, Roberto Carlos e até o presidente João Baptista Figueiredo frequentavam as festas no Ilha Porchat Clube (o baile Mares do Sul era televisionado ao vivo), na década de 80, a Baixada Santista tinha o mesmo status hoje dedicado ao Litoral Norte. Condomínios fechados e prédios de luxo eram erguidos em Guarujá. Em pouco mais de uma geração, as praias mais próximas da capital murcharam, segundo levantamentos do Ipeadata, estima-se, em que pesem possíveis mudanças geográficas dos municípios, que a cidade chegou a ser a segunda economia do estado entre as décadas de 30 e 50, se mantendo no top 10 regional até o final dos anos 1990, quando começou a perder fôlego. De acordo com os últimos dados do IBGE, de 2016, a cidade é a 13º economia do estado. Também foi a região administrativa que menos cresceu entre 2002 e 2018, 24,1% contra 43,1% de média estadual, de acordo com dados da Fundação Seade*. A quimera do pré-sal, que quase criou uma corrida de investimentos, evaporou, junto com os recursos da Petrobras. Por décadas, promessas de grandes projetos não saíram das prateleiras da burocracia. Santos ganharia um Puerto Madero para chamar de seu, nos monumentais espaços históricos do porto; um enorme terminal receptivo para cruzeiros; e um câmpus de uma universidade estadual. O jurássico sistema de balsas entre a cidade e o Guarujá seria substituído por um túnel ou uma ponte. Eventos ao longo do ano atrairiam milhões de paulistas que sentem falta da brisa do mar. O mercado imobiliário da Baixada Santista é extremamente aquecido e competitivo. Com isso, mesmo durante a pandemia, as construtoras da região precisaram apresentar bons projetos. Em estudo recente, trazido pela Brain Inteligência Estratégica, foi mostrado que 35 novos empreendimentos foram levantados em Santos entre 2018 e 2022, um número alto se levado em consideração o momento do mundo. Nesta estatística, estão prédios da Âncora Construtora e Incorporadora e a Miramar Construtora que além disso, já preparam outras novidades em breve. "Nosso último lançamento foi o Edifício Privilege Boqueirão, em Santos. Um dos últimos terrenos em área nobre na quadra da praia, cuja entrega é em jullho de 2023. São 100 unidades, sendo 80% já vendidas." A principal inovação do mercado tem sido apresentar unidades compactas, mas trazendo elementos de sustentabilidade e lazer, para que o proprietário consiga realizar atividades sem sair de casa. Áreas externas com churrasqueira, playground e quadra esportiva no condomínio também são bem visadas durante a procura. Santos foi considerada a melhor cidade brasileira para quem tem mais de 60 anos morar. A conclusão faz parte de levantamento do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que divulgou, nesta quinta-feira (25), o ranking dos 20 melhores municípios para a chamada 'melhor idade'.O levantamento do Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL) combina a análise de áreas como indicadores gerais, cuidados de saúde, bem-estar, finanças, condições de habitação, oportunidades de educação e de trabalho, cultura e engajamento. As cidades de Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS) ficaram em segundo e terceiro lugar. Na sequência aparecem Niterói (RJ), São José do Rio Preto (SP), Ribeirão Preto (SP), Jundiaí (SP), Americana (SP), Vitória (ES), Campinas (SP), Blumenau (SC), Presidente Prudente (SP), Curitiba (PR), Bauru (SP), Araraquara (SP), São Carlos (SP), Belo Horizonte (MG), Maringá (PR), São Paulo (SP) e Santo André (SP). "As cidades selecionadas apresentam bom desempenho em muitas categorias. Em adição, algumas características comuns em termos de desempenho entre essas cidades selecionadas emergem: força econômica, certa abundância de serviços de saúde, um estilo de vida ativo, oportunidades de estímulo intelectual, além de relativa qualidade da estrutura de habitação, com índices de violência relativamente menores, se comparadas às demais cidades", diz um trecho do estudo. Outro ponto que chama a atenção na pesquisa é que a Cidade tem maior frequência de casamentos envolvendo idosos. O levantamento aponta também que a classificação do Município entre as cinco cidades de melhor desempenho em bem-estar é decorrente especialmente da liderança no número de idosos com acesso a serviços de planos privados de saúde. A pesquisa também levou em consideração o que precisa ser mudado no município. "A desigualdade na distribuição de renda apresenta-se como um fator que merece atenção e o estabelecimento de políticas específicas, tendo em vista o potencial de afetar a qualidade de vida de todos os habitantes da cidade", mostra um trecho da pesquisa. Além disso, o estudo apontou que a expectativa de vida ao nascer e a frequência de ocorrência de acidentes de trânsito com vítimas fatais também são temas que precisam melhorar. Por fim, o IDL levou em consideração o índice de envelhecimento. "É relevante considerar a ampliação da oferta de condomínios residenciais para idosos, em que pese a existência de instituições para longa permanência". O planeta vive mudanças e o mundo empresarial acompanha esse processo. Empresas de todos os setores estão adotando o compromisso com o conceito ESG (sigla em inglês para Meio Ambiente, Social e Governança). Os condomínios acompanham esta tendência por meio da aplicação de práticas sustentáveis que demonstram o compromisso com o planeta. As boas práticas ambientais, sociais e de governança devem ganhar ainda mais força na agenda condominial. Envolvem zelo pela preservação da biodiversidade, da governança, da ética e da inovação, em busca da melhoria contínua para a construção de um futuro melhor. E esse futuro começa com ações tomadas agora. Pequenas ações que fazem grandes diferenças. Salienta-se a importância da boa e clara comunicação dentro do condomínio, já que implementar a sustentabilidade exige um apoio e engajamento de todos os moradores, o que fortalece o senso de comunidade e de responsabilidade entre eles. As vantagens são muitas. Além do aspecto educacional e de ser gratificante morar em um condomínio sustentável, os benefícios e as oportunidades que as abordagens ESG no condomínio podem propiciar não serão conquistados da noite para o dia. Mas certamente estas pequenas mudanças provocarão extraordinários efeitos na sociedade. Viver bem é preciso e é o sonho de todos. É nessa direção que devemos ir.