Agentes do setor de energia e de hidrogênio de baixo carbono cobram metas e objetivos mais claros do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2), lançado pelo Ministério de Minas e Energia (MME). A preocupação comum é de que uma letargia na definição de objetivos e uma falta de foco no hidrogênio de baixo carbono, em especial o verde (via eletrólise com energia renovável) possa colocar o Brasil em desvantagem em relação a outros países, que estão na corrida para receber investimentos para produção de hidrogênio verde. Estamos em uma corrida, e o Brasil não pode ficar parado, Apesar de reconhecerem os esforços dos ministérios no governo anterior, na construção do PNH2, os agentes do mercado acenderam o alerta após o anúncio, em dezembro do ano passado, de um Plano Trienal que deveria nortear o Programa Nacional do Hidrogênio nos anos de 2023 a 2025, e que atualmente está em consulta pública. Alguns agentes mais críticos classificam como plano para nada ou plano para fazer planos. Isso porque não apresentava metas, nem objetivos concretos, ao contrário de outros países do mundo, e até mesmo vizinhos sul americanos.
Os Estados Unidos, por exemplo, se comprometeram a subsidiar até US$ 3 para cada quilo de hidrogênio verde.
A Índia anunciou a meta de produzir cerca de 5 milhões de toneladas de hidrogênio verde até 2030 com um pacto de US$2,3 bilhões.
O Chile, país que lançou sua estratégia para hidrogênio verde em 2020, espera produzir o gás mais barato do mundo até o final da década.
Do lado consumidor, há uma grande demanda por hidrogênio de baixo carbono, principalmente de setores e indústrias de difícil descarbonização, como siderurgia e transportes pesados. A Alemanha prevê a realização, a primeira etapa de um leilão internacional para aquisição de hidrogênio verde. País tem pressa na substituição da sua matriz energética baseada no carvão e no gás russo.
Hidrogênio verde o Brasil está perdendo o bonde